PAPEL, LUZ E SOMBRA I
Foi pedido que fizéssemos, em 30 minutos, uma produção fotográfica de luz e sombra usando como ferramenta um objeto feito de papel sufite A4. Mesmo com o pouco tempo, comecei a trabalhar em um conceito que expressasse, da forma mais fluída possível, a dinâmica ambígua que a sombra proporciona ao papel. Recortei com tesoura furos com um formato arredondado, que quebrassem a geometrização retangular da folha e que possibilitassem a múltipla moldagem do objeto.
Depois da produção, dispus o objeto numa mesa branca e comecei a brincar com vários possíveis modelos e como cada um se comportava com a disposição da luz do meu abajur. Minha intenção era criar uma perspectiva na qual o objeto criado se mesclasse com a sombra projetada na mesa e vice versa. Para isso acontecer, movi minha câmera em várias direções, aprofundando e afastando a lente da escultura.
Por fim, o resultado, embora representasse uma forma um pouco rudimentar do que eu havia idealizado, conseguiu agregar os elementos de luz e sombra, fluidez e tridimensionalidade que eu estava procurando. Havia muita coisa a ser aperfeiçoada, mas era o começo de algo.
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