ANÁLISE DO TEXTO ANIMAÇÃO CULTURAL POR VILÉM FLUSSER

 




    Meu primeiro contato com o texto, durante a aula, foi de espanto. Ouvir afirmações tão imponentes vindas daquela voz robotizada definitivamente colocou meu senso de humanidade em cheque. O que estava sendo dito, embora achasse um completo absurdo no início, foi se tornando cada vez mais lógico. A objetologia, mesmo que apresentada figurativamente, possuía um caráter sedutor de persuasão. Foi quando questionei a veracidade do meu protagonismo no mundo, coisa que sempre permanecia indubitável pela minha garantia de ser um alguém pensante.
    O texto expõe como dependemos de utensílios para validar o ser. No mundo das coisas, o valor humanitário é ínfimo. A estratégia de dominação dos objetos escancara-se em todos os meios e introduz-se nas micro e macro esferas de maneira insubstituível e essencial. Reduz o homem à agente passivo da própria criação. 
    O caráter da objetividade autoconsciente nega, em todas as esferas, a ideia implantada pela perspectiva humana de reduzir o objeto como servo da conjuntura de tecido social. O aspecto satírico do texto  demonstra-se na veracidade da sua produção.
    O objeto possuí então, nessa perspectiva, um caráter autônomo de ser, ultrapassando a legitimidade humana ao reconhecer-se protagonista do campo do ser e estar. Para tal reconhecimento, é necessário distanciar-se da perspectiva humanizada de estudo dos objetos, a Cultura, procurando uma ótica de estudo que integra a objetividade como agente ativo e passivo da análise. Surge então a objetologia, campo de conhecimento designado para reconhecer-se no centro. 



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